segunda-feira, 13 de julho de 2009

Do ponto de vista de quem encena. ( Projecto Fictício II - Continuação)

A insatisfação pelo que se encontra corrompido, velho e degradado determina a necessidade e a tentativa de construção de algo novo e fantasioso de forma a colmatar a privação de liberdade e expelir a urgência em abandonar a sociedade destruída. Assim, avista-se uma nesga de esperança que envolve o Homem quando este decide afastar-se das suas origens e enveredar por um mundo desconhecido. Porém, trata-se apenas de um afastamento espacial, uma vez que, intrinsecamente, o ser humano dificilmente se distancia da sua proveniência. Consequentemente, apenas se pavoneia um ciclo vicioso onde o Homem ambiciona a supremacia absoluta volvendo-se vítima da sua própria cobiça, em que a desconstrução de ideais puros é a tentativa falhada da criação de uma sociedade franca.